05/03/2014. O sangue pinga no chão. Corpos estendidos, uma coleção
de carne, sangue e o som de gemidos lamentosos ecoam dentre as paredes. Ela não
para, não consegue parar. Ela agora está sorrateira e ágil como uma cobra. Ao
fundo, vê-se uma imagem santa com velas em sua volta. O último dia da sua caça
saciou a criatura, como um tilintar ela não se sente mais agitada. Agora tudo
parou, o sangue pingando, os gemidos e lamentos. Ela se deita no chão áspero e
dorme banhada no sangue cintilante e suave.
10/03/2014. O despertador
apita incessantemente
. Eram 6:30, Anita pula da cama de forma súbita, não poderia perder o primeiro dia de aula depois do resseco, pois seria o dia da entrega de um trabalho pontuado, com a escova ainda na boca ela pega uma maçã, a mochila, cospe a espuma na pia e corre para a garagem onde está sua bicicleta. Ela pedala com a mochila nas costas e a maçã na mão. Sem perceber um caminhão avança sobre ela.
. A visão ainda estava turva, mas
ela olhava para o teto branco. Ela fecha os olhos mais uma vez e a imagem de um
semblante aparece em questão de segundos. Ela abre os olhos novamente e se
encontra em um hospital. Tudo parece acelerar. Suas pupilas se dilatam e
contraem rapidamente várias vezes, as luzes piscam, e o metal da maca vibra
como um sino.
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